Família Garcia

[Postado originalmente em 14/03/2018. Atualizado em 15/02/2023]

 

 

Caros leitores,

 

Hoje trago um resumo sobre a família Garcia de Santa Rita de Ibitipoca, estado de Minas Gerais, encabeçada por José Francisco Garcia Júnior, português que emigrou para o Brasil na metade do século XIX.

 

 

ORIGEM

 


José Francisco Garcia Júnior nasceu por volta de 1838, na freguesia de São Nicolau, Concelho do Porto, Portugal, filho de José Francisco Garcia e Ana Rosa da Silva. Era neto pelo lado paterno do espanhol Francisco Antônio Garcia, natural da Galícia, e da portuguesa Bárbara Maria da Rocha. Neto materno dos portugueses José Caetano Rebello e Maria Rosa da Silva.


 

Em 22 de setembro de 1854, aos 16 anos de idade, tirou passaporte e atravessou o Atlântico, rumo ao Rio de Janeiro. Em seu passaporte, é dito que possuía as seguintes características: rosto comprido, cabelos, sobrancelhas e olhos castanhos escuros e nariz e boca regulares. Media 58 polegadas, ou 159,5cm, de acordo com a medida da polegada portuguesa antiga (2,75cm).

 


Passaporte de José Francisco Gárcia Júnior, em 1854.

Fonte: Tombo.pt - Cortesia de Maria Prazeres Lidington Silva, 

do grupo "Genealogia FB".

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BRASIL

 


Após chegar no Brasil, José Francisco Garcia Júnior aparentemente percorreu alguns portos do estado do Rio de Janeiro, talvez ajudando no transporte de cargas, ou acompanhando familiares. Ao que tudo indica, dois parentes seus estavam no Brasil na mesma época: Alfredo José Garcia e José Caetano Rabello.

 

Em 09 de maio de 1955, saiu do porto de Mangaratiba, Estado do Rio, no brigue (embarcação à vela) Maria Isabel.

 


Fonte: Jornal "Diário do Rio de Janeiro" - BN Digital

 

 

Em 06 de maio de 1856, chegou no porto da cidade do Rio de Janeiro, vindo de Angra dos Reis, RJ.

 


Fonte: Jornal "Correio Mercantil, e Instructivo, Político,

 Universal - BN Digital



SANTA RITA DE IBITIPOCA



Em 1 de setembro de 1858, já estava em Santa Rita de Ibitipoca, data em que casou-se com Francisca Cassimiro de Assis (conhecida como “Chiquinha Caixeira”), esta nascida por volta de 1841. Tiveram os seguintes filhos:

 

1. João Baptista Garcia, nascido por volta de 1862. Casou-se em 10 de junho de 1886, em Santa Rita de Ibitipoca, com Maria Apolinário da Fonseca. Teve pelo menos um filho, chamado Agenor Batista Garcia, casado com Clara Nascimento Garcia. Agenor teve os filhos Maria de Lourdes Novais, casada com José Pereira Novais; José Agenor Garcia, casado com Clemência Victor Garcia e João Batista Garcia Neto, advogado e vereador em Matias Barbosa.

 

2.  Alfredo Garcia, nascido por volta de 1862. Casou-se em 14 de novembro de 1880, em Santa Rita de Ibitipoca, com Carolina Úrsula.

 

3. Paraíso José Garcia, nascido em 05 de outubro de 1867, em Santa Rita de Ibitipoca. Casou-se aos 08 de março de 1886, na mesma cidade, com Florentina Laurentina de Oliveira, filha de Sebastião Theodoro de Oliveira e Maria Antônia de Jesus, (ver "Família Oliveira", neste site). Paraíso foi figura importante da política da região, tendo sido homenageado ao ter seu nome concedido ao atual distrito de Paraíso Garcia. Faleceu em 15 de março de 1938, em Campolide, comarca de Barbacena. Tiveram 8 filhos: Adylles Garcia, Paulistina Garcia, Maria Garcia, Antônio Paraizo Garcia, Lídia Garcia, José Paraizo Garcia, Ubaldino Paraizo Garcia e Rita Garcia.

 

4. José Francisco Garcia, nascido por volta de 1868. Casou-se em 21 de setembro de 1889, em Santa Rita de Ibitipoca, com Florentina Amélia Garcia, filha de Joaquim Gomes do Nascimento e Idalina Amélia de São José. José Francisco Garcia faleceu antes de 1927 e a esposa faleceu depois de 1927. Ambos foram homenageados com o nome cedido a ruas na cidade de Juiz de Fora, no bairro Tiguera. Tiveram, ao menos, o filho Norival.

 

5. Alice Amélia Garcia, nascida por volta de 1870. Casou-se em 27 de Janeiro de 1892, em Santa Rita de Ibitipoca, com Joaquim Tourinho de Oliveira, filho de Sebastião Theodoro de Oliveira e Maria Antônia de Jesus (ver "Família Oliveira", neste site). Alice faleceu em 28 de março de 1952, em Santa Rita. Tiveram 10 filhos: Julita Garcia de Oliveira, José Tourinho de Oliveira, Francisco Tourinho de Oliveira, Antônio Tourinho de Oliveira (Tonico), João Tourinho de Oliveira, Maria da Conceição de Oliveira (Cotinha), Joaquim Tourinho de Oliveira (Guiguinho), Geraldo Tourinho de Oliveira, Rita de Cássia de Oliveira (Rita Totoca) e Manoel Tourinho de Oliveira.

 

 

Em Santa Rita, José Francisco Garcia Júnior desempenhou as atividades de alfaiate e negociante de fazendas entre as décadas de 1860 e 1870, conforme apontado em almanaques da época. Faleceu prematuramente em 08 de julho de 1870, em Santa Rita, com apenas 32 anos, vítima de alguma doença, com inventário aberto em 13 de março de 1871. Deixou viúva a esposa Francisca, bem como 5 filhos órfãos. Segue a transcrição de seu óbito:

 

“Aos 08 de Julho de 1870, sepultou-se dentro desta matriz a José Francisco Garcia, adulto. Faleceu com o sacramento da extrema-unção. Foi encomendado pelo vigário Braz Nicolau Liguori”

 

 

Após o falecimento do primeiro marido, Francisca Cassimiro de Assis casou-se novamente com o italiano Raimundo Cobucci, e deste consórcio teve mais filhos. Para saber mais sobre a família Cobucci, clique aqui.

 

 

COLABORADORES


Valderez Rosa Garcia; Fátima Tourinho; 


FOTOS E IMAGENS


Capa do inventário de José Francisco Garcia Júnior, em 1871.
Acervo Henrique Filgueiras
(clique para ampliar)


Registros de 1859
Fonte: Jornal "Correio Mercantil, e Instructivo, Político, 
Universal - BN Digital


Francisca Cassimiro de Assis, por volta de 1900
Créditos: Luciano Krambeck
Acervo Henrique Filgueiras


Registros de 1864 a 1870
Fonte: Almanark Adminsitrativo, Civil e Industrial 
BN Digital 

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